Considerações sobre "A cor púrpura"

Nessa obra,  Alice Walker retrata a realidade de uma mulher negra do sul dos Estados Unidos, que mesmo quase analfabeta, escreve cartas a Deus e à irmã desaparecida.

A história se passa na Georgia, durante a segregação racial, e é narrada por Celie que, por meio de uma série de “cartas para Deus” escreve sobre incesto, abuso físico e solidão. Contudo, suas esperanças se concretizam por meio de uma comunidade de mulheres formada pela amante de seu marido, a quem ela nomeia de Sinhô, por sua irmã e pela mulher de seu enteado, Sofia. Gradualmente, Celie desperta-se sexualmente e aprende a se ver como desejável, uma parte valiosa e saudável do universo.

Celie é a personagem principal do romance “A cor púrpura”, ela no início é representada como uma adolescente negra que mora com quem ela pensa ser o seu pai, sua mãe e seus irmãos, numa cidade do sul dos Estados Unidos. Vítima de estupro, gerou dois filhos do seu próprio pai, que ao nascer, foram arrancados dos seus braços e vendidos como se fossem objetos. Após tais fatos, a narrativa não deixa claro como a personagem se tornou estéril.

Ao se tornar órfã de mãe, tenta proteger a todo custo sua irmã, Nettie, dos possíveis abusos sexuais de seu pai. Na tentativa de que seus intentos sejam alcançados, o pai de Celie a vende em casamento para “Sinhô”, viúvo e pai de três filhos. Esse novo convívio faz dela um ser triste e resignado, uma espécie de “burro de carga” que só conhece a dor, o trabalho duro e o espancamento. No entanto, com a vinda de Shug Avery, amante de seu marido, para uma estadia em sua casa, a dinâmica interior da protagonista é modificada, sofrendo as influências das atitudes de Shug, pouco a pouco, recupera a autoestima e se torna uma mulher corajosa e decidida.


Abraços, meus amores!

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